Médico e
escritor, Dráuzio Varella lançou em setembro deste ano a obra
"Carcereiros", onde relata histórias dos profissionais encarregados
de controlar os detentos: Os Agentes Penitenciários, que, trabalhando sob
condições rigorosas, e muitas vezes colocando a vida em risco, administram a
população carcerária.
Foi com um grupo
desses agentes que Dráuzio passou a se reunir depois das longas jornadas de
trabalho, em um botequim de frente para o Carandiru. E essa convivência pôs o
autor em contato com os relatos narrados em “Carcereiros”,
segundo volume da trilogia iniciada por “Estação Carandiru”
- o terceiro livro, “Prisioneiras”,
terá como ponto de partida o trabalho do médico na Penitenciária Feminina da
Capital.
A descoberta de
que um colega está do lado dos bandidos. Um momento de solidariedade, outro de
egoísmo. Um ato heróico e outro de covardia. Entramos em contato com o
cotidiano dos carcereiros e as situações desconcertantes impostas pelo ofício,
que eles resolvem com jogo de cintura e, não raramente, com humor. O que emerge
é um retrato franco de um mundo totalmente desconhecido para quem está de fora.
Dráuzio fala
também de sua própria atividade como médico do sistema penitenciário: das
frustrações, dos acertos e, sobretudo, da dificuldade em conciliar uma vida tão
imersa nesta realidade com a de médico particular, apresentador de programas de
divulgação científica, pesquisador de plantas, escritor e pai de família. Se há algo de comum a essas vidas - carcereiros, médico, detentos -, é a
dimensão humana que nunca escapa aos relatos do autor.
Na obra “Estação Carandiru”, que desde 1999 teve mais de 500 mil exemplares vendidos, Dráuzio
Varella focou seu corajoso relato na população carcerária de um dos presídios
mais violentos do Brasil.
O valor do livro
“Carcereiros” está por volta de R$ 33,00 e a editora é Companhia das Letras.
Por Ênio Carvalho.
Por Ênio Carvalho.
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